16 de nov. de 2010

Pilhas, Game Boy e Pokémon

O primeiro Game Boy foi lançado em 1989. Com intenção de ser um console portátil de sucesso, o Game Boy vinha com tela de cristais líquidos monocromático de fundo verde, gráficos de 8-Bit, jogos em preto e branco. Como sei disso? Um pouco de Wikipédia e experiência própria. 

Fui ter o meu primeiro Game Boy em 1996, e como qualquer criança apaixonada por novidades, ainda mais se for de cunho tecnológico, quase não largava de meu mais novo xodó. Naquela época era lançado o jogo “Pokémon”, nas versões Red, Green e Blue. Foi uma árdua missão, porém, consegui descolar o cartucho do Pokémon Green. Com o novo jogo em mãos, o único objetivo era “zerar” o jogo, ou seja, conseguir todas as insígnias e capturar os 151 pokémons. Se consegui capturar todos eles? Depois de não ser canhoto, essa é uma das maiores frustrações de minha vida. 
Mas retomando a linha de pensamento. Em partes cruciais da aventura, sempre as pilhas estavam quase esgotadas. Quando aquela luz vermelha que ficava no lado esquerdo da tela começava a mostrar sinais de fraqueza, junto com ela a minha alegria também começava a cair paulatinamente. 

O problema de quando acabavam as cargas das pilhas era achar/comprar mais quatro pilhas pequenas, pois essa era demanda de energia que o Game Boy precisava. Usufruí desse console por uns três anos, pois já havia disponível no mercado o Game Boy Pocket, que era 30% menor que o Game Boy normal e a tela monocromática mais nítida. Funcionava com duas pilhas palito. Manteve o mesmo tamanho de tela, porém com mais brilho e nitidez. Logo em seguida vieram outras espécies como o Light e o Color, ambos funcionando com duas pilhas palito. Em 2001 foi lançado o revolucionário Game Boy Advance que contava com uma tela de 2,4" LCD com resolução máxima de 240x160 pixels em cores de 15-bit (32.768 cores) e funcionava com duas pilhas pequenas. Paro por aqui, pois não pude acompanhar as demais evoluções do Game Boy. 

A intenção não era fazer um resumo da história desse console, mas sim, tocar no assunto da disposição final da pilha. Quando fiquei sabendo dos impactos das pilhas no meio ambiente, pensei nas pilhas que utilizei no Game Boy e quiçá acabei as jogando em lixo comum. Bom, qualquer coisa a Resolução CONAMA 257/99 está do meu lado, pois ela diz que a quantidade de metais pesados contidos nas pilhas não acarretam danos ao meio ambiente. Porém, parei para pensar quantas pessoas como eu, viciados no mundo dos games, não tiveram ou tem um Game Boy? Se reunir todas essas pilhas descartas em lixo comum e com o destino para um “aterro”, não daria um bom caso para saúde pública com a contaminação do lençol freático pelos metais pesados contidos nas pilhas?

Escrito por Marcos Paulo

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