As pilhas e baterias causam sérios impactos ambientais quando descartadas de modo inadequado, ou seja, quando jogadas no lixo comum. Elas contêm metais pesados como cádmio, manganês, chumbo e mercúrio, sendo, portanto, extremamente tóxicas ao meio ambiente. Uma pilha pode demorar séculos para se decompor, de 100 a 500 anos e seus metais pesados nunca se degradam, acumulando-se na natureza. Quando descartadas nos lixos comuns, são conseqüentemente, descartadas em lixões ou aterros sanitários. Os componentes tóxicos (metais pesados) quando entram em contato com a umidade, água, calor, ou outras substâncias químicas, vazam e contaminam os solos, os cursos d’água e lençóis freáticos, atingindo assim, a flora e a fauna das regiões próximas. Vale lembrar que os metais pesados são bioacumulativos, ou seja, o organismo quando contaminado não possui a capacidade de eliminá-los. Nessa linha de análise, uma vez um organismo contaminado, pode conseqüentemente, contaminar toda a cadeia trófica, podendo atingir até o homem. Além destes grandes impactos, convém ressaltar que uma pilha contamina aproximadamente 20 mil litros d’água.
"...uma pilha contamina aproximadamente 20 mil litros d’água". |
"...o grande problema tem origem no descarte inadequado destes produtos...". |
Vale lembrar que na mesma lei, o artigo quinto determina que pilhas e baterias comercializadas, fabricadas e importadas no Brasil devem possuir quantidades mínimas ou quase nulas de mercúrio, cádmio e chumbo, dentre outros metais pesados, podendo, portanto, serem descartas no lixo comum, sendo que desta maneira, os danos ambientais seriam mínimos. Todavia, vale ressaltar que são 1,2 bilhões de pilhas e 400 milhões de baterias de celular comercializadas por ano no Brasil, de acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), sendo que a maioria vai para o lixo comum. Contudo, como aponta o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), apenas 10% dos aterros sanitários brasileiros possui um manejo correto, sendo que a destinação final de pilhas e baterias no lixo comum seria somente válida para estes 10%. Registre-se ainda que 40% (400 milhões) das pilhas e baterias vendidas no país são ilegais, de acordo com a ABINEE. Em outras palavras, nem toda pilha brasileira está dentro das medidas do CONAMA. Nessa linha de análise, conclui-se que mesmo a quantidade de metais pesados ser mínima, não ameniza muito os impactos ambientais, pois milhões de pilhas são descartadas de forma inadequada ao ano.
"...são 1,2 bilhões de pilhas e 400 milhões de baterias de celular comercializadas por ano no Brasil". |
Devido ao aumento da utilização de aparelhos sem fio, telefones celulares, notebooks, dentre outros aparelhos eletrônicos, o consumo de pilhas recarregáveis tem crescido cada vez mais globalmente. As pilhas recarregáveis ao serem substituídas pelas comuns, alcalinas, dentre outras, diminuem a quantidade de pilhas no planeta, e conseqüentemente, os impactos ambientais também amenizam.
"...o consumo de pilhas recarregáveis tem crescido cada vez mais globalmente". |
Escrito por Mariana Lorenzo
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